Rádio Web Divina Adoração

relojes web gratis

quinta-feira, 7 de abril de 2011

"O FILHO PRÓDIGO" E A TEOLOGIA ARMINIANA

Uma das melhores parábolas conhecidas de Jesus é "O Filho Pródigo" (Lucas 15:11-32). A parábola é particularmente relevante para a teologia arminiana. Ela mostra o grau de liberdade que Deus dá a seus filhos. Ela ilustra a natureza do seu amor. E isso mostra como ele vai falar de reconciliação.

A parábola apresenta uma imagem que está em harmonia com o entendimento arminiano de Deus. restauração do relacionamento é o que é importante para Deus. É tão importante que ele deixará de lado os seus direitos e sua honra, a fim de se reconciliar com seus filhos. Vamos dar uma olhada na parábola:

O Pai dá ao filho mais novo o que ele pede.
'O mais moço deles disse ao pai: "Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe". E, ele lhes repartiu os haveres'. (Lucas 15:12) O filho mais novo pediu sua herança ao pai. Com efeito, o filho deseja que seu pai estivesse morto. O pai estaria dentro de seu direito de negar a essa demanda, mas ele dá o filho o que ele pede.

O Pai não se preocupa com a sua glória.
"Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente". (Lucas 15:13) Na cultura da época, o pai tinha a capacidade de impedir o filho de sair. Porém a liberdade do filho era mais importante para o pai do que o fato de que as ações do filho o envergonhariam. O pai permitiu o comportamento do filho por amor.

O Pai não força o filho a voltar para casa, o filho decide voltar para casa.
"Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores". (Lucas 15:18-20). O pai não fez efetivamente nada para que o filho voltasse para casa, o filho tomou a decisão de retornar por conta própria. A capacidade do filho para tomar esta decisão não é motivo de orgulho para ele. O filho foi humilhado porque ele sabia que tinha enganado seu pai. Mesmo o filho tomando a decisão de retornar, ele ainda estava completamente à mercê do pai. O filho não poderia restaurar a relação, apenas o pai podia.

O pai corre para o filho.
"Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou e beijou". (Lucas 15:20) Na cultura da época era impensável para um pai correr para um filho, particularmente em uma situação onde ele havia sido injustiçado. Foi ridículo. O pai deveria ficar e esperar, e o filho andaria até ele e pediria. Mas vemos o pai da parábola correr para seu filho. Reconciliação era mais importante para o pai do que a aparência ou posição.

A morte significa separação. A vida significa reconciliação.
"Porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se". (Lucas 15:24, veja também 15:32) O pai dá uma festa para seu filho que estava morto. Duas vezes na parábola nos é dada a definição bíblica de "morto". Morto não significa impossibilidade. O filho era capaz de tomar decisões, incluindo a decisão de voltar para casa de seu pai. O que o filho não era capaz de fazer era unilateralmente restaurar seu relacionamento com seu pai. Então ele estava morto em relação a seu pai. A fim de estar vivo de novo, ele era dependente da misericórdia de seu pai. Felizmente, o pai valorizou o relacionamento em vez da glória pessoal.

O Pai revela o amor genuíno para o filho mais velho também.
"Ele se indignou e não queria entrar; saindo porém, o pai procurava conciliá-lo". (Lucas 15:28). O pai mostra que deseja um relacionamento genuíno com seus dois filhos. Novamente, vemos que o pai não se preocupa com as aparências. Ele deixa a festa e busca o seu filho mais velho.

O filho mais velho não entende o pai.
"Mas ele respondeu a seu pai: Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me com os meus amigos". (Lucas 15:29). O filho mais velho não entende duas coisas sobre seu relacionamento com seu pai. Primeiro, ele se vê como um escravo para o mestre e não como um filho para o pai. Segundo, ele não reconhece o amor e a generosidade de seu pai.

O filho mais velho quer tratamento exclusivo.
"Vindo, porém, esse teu filho, que desperdiçou os teus bens com meretrizes, tu mandaste matar para ele o novilho cevado". (Lucas 15:30). Talvez o filho mais velho fosse um calvinista. Ele não estava feliz com o retorno de seu irmão, ou a generosidade de seu pai. No entanto, ele não reconhece que ele também está errado. Como assim? Primeiro por desvalorizar seu relacionamento com seu irmão. "Esse teu filho", ele o chama. E segundo, ignorando os desejos do pai, murmurando em vez de celebrar. Uma paráfrase de Romanos 9:20 é relevante aqui. "Quem és tu, ó filho, para discutires com seu pai?" O pai valoriza tanto seus filhos e deseja um relacionamento com os dois. Não era para o filho mais velho exigir um tratamento exclusivo.

O pai corrige o irmão mais velho sobre o valor do filho mais novo.
"Então, lhe respondeu o pai; Meu filho, tu sempre estás comigo; tudo o que é meu é teu. Entretanto, era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado". (Lucas 15:31-32). O filho mais velho não reconhecia o valor de seu irmão. Seu pai o corrige. "Esse teu irmão estava morto e reviveu". Ambos os filhos são valiosos para o pai.

Concluindo: Temos um pai que ama a todos nós. Temos um pai que deseja a reconciliação tanto que ele está disposto a tornar-se vulnerável sem medo de mostrar-se fraco. Nós não temos um pai que espera e observa-nos sofrer. Temos um pai que corre para nós. Nós somos vivificados novamente por estar em comunhão com ele.

FONTE: Blog da vida eterna

Nenhum comentário: